segunda-feira, setembro 27

Casa Passiva

















O conceito de Casa Passiva (Passive Buildings) reúne diretrizes essenciais para a construção de residências eco-eficientes. A ideia surgiu na Europa ainda nos anos 1980, sendo que a primeira série de edifícios sido concluída na década de 1990.


As tecnologias de casas passivas devem cumprir uma série de princípios, que e não regras de concepção absolutas, onde o aproveitamento sustentável dos recursos naturais e as especificações dos materiais utilizados são os alicerces fundamentais:

•    Utilização da natureza. A “arquitetura solar passiva” implica a redução das áreas de superfície dos edifícios, com as janelas direccionadas para a linha do Equador (sul na Europa) para maximizar o ganho solar.

•    Envolvimento. O super isolamento minimiza a perda térmica através das paredes, coberturas e pavimento. Dá-se especial atenção à eliminação das “pontes térmicas” – pequenas falhas nos edifícios que permitem a fuga de calor.

•    Janelas de alta tecnologia. As casas passivas utilizam janelas de vidros triplos, que contêm revestimentos especiais e recebem um enchimento de gases, como o árgon ou o crípton.

•    Ar puro. Utiliza-se ventilação mecânica e sistemas de recuperação de calor para manter a qualidade do ar e recuperar calor suficiente para eliminar a necessidade de um sistema de aquecimento convencional. Esta solução pode utilizar também tubos enterrados que permutam calor da terra para o ar e vice-versa com vista a aquecer ou arrefecer a admissão de ar para o sistema de ventilação. Deste modo, o abastecimento de ar puro é contínuo.

•    Vedação. A garantia de que todas as juntas da construção são extremamente herméticas reduz o montante de ar quente ou frio que é possível passar pela estrutura, o que permite que o sistema de ventilação mecânica recupere o calor antes de expulsar o ar.





















No último fim de semana o jornal The New York Times publicou duas reportagens sobre o tema e mostrando como este padrão de construção verdadeiramente sustentável caminha ainda a passos lentos nos Estados Unidos, muito em função do custo final ainda elevado para o futuro morador.

Aqui no Brasil, o o conceito Next Generation esta em sintonia com as premissas das casas passivas, buscando reunir inovações em arquitetura e tecnologia para imprimir uma pegada verde na construção civil, sem com isso onerar significativamente o preço final do imóvel.

O condomínio Neo é o primeiro empreendimento com gerador próprio de energia eólica, além de reunir outros atributos de sustentabilidade, como painéis de energia solar, sistema de tratamento e  reuso da água dos sanitários e captação de água da chuva - tudo sem recorrer a nenhum tipo de combustível fóssil.

Assim, os proprietários deste imóvel em Florianópolis poderão contar com uma economia de cerca de 50% na conta de energia e saber que estào morando em uma construção eficiente, que teve a sua emissão de carbono compensada com plantio de mudas nativas durante a sua construção.
















O idealizador do projeto, arquiteto e urbanista Jaques Suchodolski (foto) lembra que o Neo é apenas o primeiro de uma série de novos empreendimentos Next Generation. A ideia é poder agregar cada vez mais novas tecnologias que surgem a cada dia no mercado, de modo a aumentar a eficiência sustentável dos futuros empreendimentos, dentro das premissas das casas passivas.


Confira as matérias do New York Times sobre o tema clicando aqui e aqui/ Outra fonte de pesquisa: Comissão Européia / Crédito fotos construções no conceito Casa Passiva - divulgação Passive House US

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